Em alagamento, se ficar comprovado que o motorista entrou no alagamento de forma deliberada, seguradora vai negar cobertura de danos.
As chuvas fortes que atingiram a capital de São Paulo e a região metropolitana nesta terça-feira (7), causaram transtornos e muitos prejuízos. Assim, o motorista deve ficar atento para não ser surpreendido e acabar entrando em um alagamento. O risco não compensa. Além disso, se for comprovado que o acidente aconteceu por imprudência, a seguradora vai negar indenização em caso de dano ao veículo.
De modo geral, a recomendação é jamais entrar em áreas onde houver algamento. Isso porque não é possível saber se há buracos ou pedras pelo caminho. Ou seja, se o carro parar, o motorista pode ficar preso. Além do risco à saúde e integridade dos ocupantes, o prejuízo financeiro pode chegar a dezenas de milhares de reais.
Se a água invadir apenas a parte do assoalho, o serviço é mais simples. Mesmo assim, será preciso desmontar o interior do automóvel, retirando console, carpetes e feltros para secagem individual. Em oficinas especializadas, essa higienização não sai por menos de R$ 500.
Fuja do alagamento
Nos casos em que a água alcança o painel, todo o cuidado é necessário para secar os módulos eletrônicos. Quanto mais sofisticado for o modelo, mais caro será o serviço. Para importados, o custo de reparo tende a ser ainda mais alto.
Ao se deparar com um alagamento, o melhor é dar meia volta. Se não for possível, só tente atravessar a enchente se a água não ultrapassar a metade da roda. Mantenha a primeira marcha e siga em velocidade baixa para não formar ondas. Não dê a partida novamente se o carro morrer para que o motor não aspire água. E se a inundação subir rapidamente, desligue o veículo e procure abrigo.
Desde o início dos anos 2000, as seguradoras passaram a incluir na cobertura básica os danos causados por enchentes. Quando o custo de reparo for inferior ao valor da franquia, há companhias que oferecem uma cláusula de assistência que cobre higienização do veículo até um valor pré-determinado.
Coberturas de seguro
A cobertura mais comum e abrangente é a compreensiva. Nela, o veículo fica segurado em casos de colisão, incêndio, roubo e furto, bem como eventos da natureza. Dentre eles, inundações provenientes de águas das chuvas, como alagamento, e até fenômenos naturais, como terremotos, por exemplo.
Isso vale não só para empresas tradicionais. Mas também para novatas, que prometem planos mais baratos e contratação online. Na Youse, por exemplo, o seguro auto oferece a cobertura “Alagamentos e eventos da natureza”. Assim, inclui inundação, granizo, ressaca (do mar) e ventos fortes. De acordo com um texto no site da empresa, neste último a velocidade deve ser igual ou superior a 54 km/h.
De acordo com a Youse, o contratante recebe indenização integral se o prejuízo ultrapassar 75% do valor de mercado do carro. Nesse caso, o chamado sinistro é considerado como perda total.
Já na seguradora Pier, que também promete facilidade na contratação além de preços mais em conta, há a cobertura para “Desastres da Natureza”. Segundo a empresa, isso engloba todos os danos causados por raios e suas consequências. Assim, cobre “incêndio e explosão acidental, bem como submersão parcial ou total do veículo em água doce”, informa um texto no site da empresa.
Portanto, esse seguro não cobre submersão em água do mar. Contudo, furacão e terremoto também estão no pacote. A cobertura está disponível para todos os clientes que contratarem os planos “Danos Parciais” ou “Perda Total”.
Cuidados gerais
Todas as seguradoras são unânimes em recomendar que, em nome da segurança, o ideal é evitar sair às ruas com carro durante chuva forte. Além disso, o motorista não deve agravar o risco. Portanto, pode ter a indenização negada se atravessar regiões alagadas de forma deliberada.
Fonte: www.cqcs.com.br
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